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sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

.CeDênCiA.



Peço passagem
Peço rápido
Passo a passo, peço
Passo a passagem
Passo rápido
Peço o passo... e passo.

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segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

"...5 mil PeÇaS & eLes dOis..."


Eu gosto de muito de montar quebra-cabeças. Pra mim não é tempo perdido, é tempo investido. Além de amadurecer a paciência, o raciocínio e a memória, me ajuda a pensar, refletir e ponderar as situações que estou vivendo. É um momento pra filosofar sobre minha vida, planos, sonhos e, como se diz, sobre a morte da bezerra.
Dia 30 de dezembro de 2014, tive o privilégio de ficar horas ajudando uma amiga a montar um quebra-cabeça lindo de cinco mil peças com ilustração de Romero Britto. Foi um dia especial. Não pelo jogo em si, mas pela companhia, pela presença, pelo tempo que passamos juntas.
Contudo, o que mais me chamou atenção foi quando seu marido se juntou a nós. Ela estava há algum tempo juntando peças de uma determinada parte do jogo. Então resolvemos parar e descansar um pouco. Quando voltamos, o marido dela estava naquela mesma parte do jogo e já havia unido várias outras peças
Num primeiro momento ela ralhou um pouco com ele por ele estar montando a "parte dela" e ele ficou se vangloriando por ter conseguido montar a "parte dela" muito mais do que ela, tudo isso numa boa, foi até engraçado. Fiquei só observando os dois. 
Por fim eles uniram a parte montada, que estava em uma mesa, ao restante do quebra-cabeça que estava sendo montado na base.
Depois de encaixarem aquele pedaço, tudo ficou ainda mais fácil e juntos eles conseguiram encaixar muito mais peças que estavam soltas e em menor tempo. Foi um bom trabalho em equipe. Cada um fez um pouco à seu tempo e individualmente, mas eles também fizeram juntos, em cumplicidade e ao mesmo tempo. E eu aprendi com aquilo.
Se relacionar é assim. Às vezes você tem que seguir sozinho e dar espaço para o outro, às vezes o que você oferece parece que não se encaixa com aquilo que você recebe. Mas, às vezes você tem que andar bem próximo pra conseguir enxergar melhor, abrir mão da "sua" peça para ajudar o outro a encaixar a peça dele. É um ceder e um colaborar.
E não é somente no final, com o quebra-cabeça pronto, que contemplaremos o quanto o esforço valeu a pena. Não. É durante, na convivência, no processo. Pois no fim do dia, quando fui embora, o quebra-cabeça não estava terminado, mas eu estava realizada, pois os laços haviam sido estreitados e eu havia aprendido muito com o quebra-cabeça de cinco mil peças e com eles dois.


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quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

"...2015 cHeGou..."


Sim, 2015 chegou e o meu desejo é que ele traga mais do que 4 textos como foi em 2014.
Creio que a palavra para o blog, em relação à 2014, seria "ausência". Minhas palavras, pensamentos, sentimentos estiveram silentes, ausentes e silenciosos. Ficaram reclusos. Preferi não compartilhar. Não houve "clima", tempo e o silêncio foi o maior barulho que pude fazer.
Por quê? Foram muitas razões. Mas tudo tem seu tempo, sua maturidade, seu lugar. E em 2014 o lugar para as minhas palavras foi aquele caderno com capa floral, e isso foi suficiente.
Contudo, agora, tenho a necessidade de expor aqui muitas coisas. Isso gera identificação, empatia, faz eu me sentir mais igual ao outro.
Sou uma pessoa que, de forma geral, tenho muitas crises. Me questiono, observo, penso e repenso. Minhas limitações são enormes e cada dia tenho mais vontade de mostrar ao mundo quanto sou imperfeita e quanto quero me tornar alguém mais tolerante, com os outros, mas principalmente comigo mesma.
Já me machuquei muito e chorei  de dor. Mas agora, quando olho para uma cicatriz sabe o que acontece?
 Eu sorrio! Por quê? Simples! 
Porque cicatriz não dói.