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segunda-feira, 18 de novembro de 2013

terça-feira, 12 de novembro de 2013

"...Lar DoCe Lar..."


Hoje completa 1 ano e 3 meses que estou morando em Belo Horizonte. E posso afirmar que, a partir daqui, tenho tido novos horizontes. Alguns realmente belos e outros nem tanto.
Tem sido uma jornada de muitos desafios, lágrimas, saudade, renúncias. Mas tem sido um tempo de muito crescimento, conquista, superação.
Chorei com cada decepção, com cada palavra dita, com cada palavra não dita. Chorei com algumas mudanças que foram obrigadas a acontecer. Mas, chorei também quando ganhei um fogão, uma geladeira, um mixer, um liquidificador, um colchão, uma cama e principalmente quando ganhei (e ganho) amigos, uma nova família.
Agora me sinto mais em casa do que antes. Eu tenho um lar. Simplesmente porque aceitei que há um tempo e um lugar para cada coisa acontecer. E este é o meu lugar neste tempo. E estou feliz com isto.
Mesmo morando sozinha, sempre que chego em casa eu me sinto bem-vinda. E não há nada melhor do que falar com as paredes e saber que elas sorriem enquanto estão me ouvindo.
Que muitos outros anos se completem, aqui ou em outro lugar, não importa onde, desde que seja no tempo certo, desde que seja num lugar que eu possa chamar de lar.


Carpe Diem!

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

"...LiVrE, LeVe & SoLTa..."


Os pássaros estavam presos. Minhas lembranças também. Minha vida toda. Eu toda. Presa. Medíocre. 
Rupturas foram necessárias para aprender a voar. Cair foi necessário para aprender a levantar. Rastejar foi necessário para aprender a subir mais alto.
Ainda não terminou. Há muito que vencer, conquistar, deixar pra trás. A vida é uma constância de inconstâncias, repleta de voltas e reviravoltas. Mas, voltar aos laços que me prendiam? Não. Nunca mais. 
Agora, os pássaros estão livres. Minhas lembranças também. Minha vida toda. Eu toda. Livre. Livre.

Carpe Diem!

terça-feira, 9 de julho de 2013

"...SobRe PesSoaS, SeGuiR em FrenTe e OuTroS DeSaFioS..."


Quanto tempo não passo por aqui. Muitas palavras foram perdidas, outras não publicadas, algumas ainda guardadas. Mas eu sigo caminhando. Foi um tempo para mim. Tempo de muitas mudanças, de tomar decisões, aprender a ser firme nas escolhas tomadas. Tempo de renúncia e tempo de reconquistas.
Foi e tem sido um tempo para descobrir os verdadeiros amigos: aqueles que não desistiram, que não se distanciaram, que choraram comigo, caminharam mais uma milha, que se alegraram com os desafios que tenho vencido. 
Neste tempo percebi que são poucos os que permanecem ao nosso lado em tempo de desesperança e que é na escassez que os verdadeiros amigos se revelam.  Percebi que são poucos os que carregam caixas com você, que sobem escadas com você ainda que tenham calos nos pés, que abrem a porta de sua casa, de seu carro, de sua carteira, de seu coração. Poucos os que ainda te mandam uma mensagem, um recado, te ligam, te enviam uma carta, um desenho, um recorte, uma música, um chocolate. Só pra te encorajar, quando não há muito que eles possam fazer.
Percebi também que nem todo mundo que abre a porta da casa pra você está dizendo que você é bem vindo, nem todo mundo que sorri pra você é seu amigo, nem todos que perguntam "como você está" se  importam realmente com isso.
Nesses dias percebi que a ajuda e o socorro vêm, na maioria das vezes, de onde você não esperava, não cogitava, não imaginava. E vêm de uma forma que você nem pensaria ser possível. Percebi também que quando a ajuda não vem de onde ou de quem você gostaria e esperaria que viesse isso não quer dizer que o outro não tenha tentado, se importado, ou desejado ajudar; quer dizer apenas que cada um faz suas próprias escolhas e nem todo mundo tem que dar conta dos vícios que você carrega.
Neste tempo percebi que todo o dia eu tenho a oportunidade de fazer escolhas melhores, que se eu cair não preciso permanecer no chão, que se eu conseguir lograr algo devo comemorar, que se eu sentir saudade posso chorar, que se eu for desafiada não preciso provar nada pra ninguém. Também percebi que não preciso carregar certas coisas, ter certos relacionamentos, suportar certas situações, conviver com certas pessoas, chorar certas lágrimas, e passar vontade de comer certas coisas. Afinal, cada um tem aquilo que tolera. É preciso reconhecer o que damos conta ou não.
Percebi que minha vida é única e quem realmente me ama dará um jeito de caminhar comigo, saber de mim, mandar notícias. Pois tenho aprendido a viver com bem pouco, em todos os sentidos, mas tenho aprendido também que não preciso procurar migalhas no lixo de ninguém. 
Meu muito obrigada para aqueles que têm permanecido comigo nesse tempo de deserto. Para os demais, vamos seguir em frente, sem ressentimentos. A vida segue e eu também.

Carpe Diem!


quinta-feira, 18 de abril de 2013

"...AuSênCia cRiaTiva?..."


As ideias não vem, não fluem. Me sinto contra a parede, imobilizada. Me sinto estagnada como um poeta diante de um papel em branco desejando manchá-lo por uma palavra qualquer.
Mas a única presença é a ausência de algo concreto. Dar tempo para algumas sementes maturarem é preciso. Contudo, às vezes, é desesperador.



segunda-feira, 4 de março de 2013

"...PáSsaRo aLaRanJaDo..."


"Pássaro, estás passando por tudo isso. E ainda sorris. Obrigada por comprar a briga e guerrear comigo até o fim. Sabes que eu já tinha desistido. Mas o confronto foi necessário. Lágrimas ainda caem. Mas os sorrisos são mais frequentes também.
Pássaro, as coisas já estão bem melhores, não é? Os primeiros dias foram mais difíceis. No começo a gente tem medo de voar. Quando a gente fica preso por muito tempo, acaba ficando com medo de ser livre. Mas não é vergonhoso ser aquilo que nascemos pra ser, não é verdade?
Obrigada, Pássaro Alaranjado! Estamos passando por tudo isso enquanto você dirige e eu troco as marchas, enquanto eu coloco os pés na janela e você toca violão, enquanto caminhamos e Ele cuida de nós."

Carpe Diem!

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

.NoiTe.

É um portão
que me abraça
Enquanto minha alma
embala
a escuridão 
que carrego
em meu peito.
Solidões amigas
de um abismo
sob minha cabeça.
Desamparos que me
cercam.

Mas eu luto
(constantemente)
Tento.
Tudo
está sucumbindo.

É um portão
que me abraça
Depois que descubro
que
sou órfã ilegítima.

Minha herança é
um coração livre.

(1702013)

sábado, 23 de fevereiro de 2013

"...DeiXe-mE iR, Pai..."


Quando nasci, eu era mais que um bebê gordinho e fofo que você passou a chamar de "xuxuzinho". Quando nasci eu também ganhei asas, pai, como todo mundo ganha. Mas tem gente que passa a vida inteira sem usar as asas que têm e sem sequer saber que as possui. Nós não, pai. Nós escolhemos voar.
Precisei me lançar do confortável ninho, pai. Somente assim se aprende a voar: se arriscando. Então, deixe-me ir, pai.
Sei que é difícil pra você se despedir, não estar por perto, cuidando, protegendo, me segurando no colo. Mas, pai, ainda assim você é o meu pai, não se preocupe. Aprenderei a voar direitinho. Tenho belos exemplos. Você e a mãe voam muito bem. E eu sempre vou amá-los pra sempre.
Contudo, a gaiola não suporta mais minhas asas. É mais seguro lá dentro, eu sei, o risco de morrer é menor, verdade. Mas é injusto ser alimentada na boca quando, com minhas asas, posso voar e levar alimento para outros. Preciso também aprender com outros. Por isso, deixe-me ir, pai.
Ainda precisarei de você, sua ajuda, seu amor, seu humor, sua sabedoria. Você é o melhor homem do mundo; o homem mais engraçado, inteligente, amoroso, atencioso que conheço. Meu herói. Ainda precisarei tanto, tanto de você. Tanto precisarei que, exatamente agora, estou precisando. Preciso que deixe-me ir, pai.
A saudade sempre nos acompanhará, mas a esperança do reencontro também. Lembra, pai? "Não podemos segurar aquilo que quer e precisa partir". Preciso ir com sua benção, pai. É difícil pra mim também. Mas chegou a hora. Sabíamos que isto aconteceria antes ou depois. E foi agora.
Estou me desapegando de muitas coisas do meu passado e estou dando uma chance ao meu futuro. Por isso, no hoje, deixe-me ir, pai. Este é o meu presente.
Tudo poderia ter sido tristemente pior. Nós sabemos disso, pai. Eu poderia não estar mais aqui. Mas aqui estou. Ainda que partindo, estou aqui, estou na vida. Estou viva.
Apenas vivos vem e vão, chegam e partem, se despedem e se reencontram, pai. Apenas vivos se arriscam e usam as asas que têm. Pois só se pode voar enquanto se está vivo. Estou viva. Então, deixe-me ir, pai.
Sei que posso voltar sempre que for necessário, pois já encontrei meu lugar no seu coração e no coração da mãe. E esse era meu maior sonho, pai. E agora, esse lugar é pra sempre meu, não importa onde eu esteja.
Mas por agora, preciso ir, com todas as suas recomendações, orientações, cuidados e amor. Mas, eu vou. 
Por isso, deixe-me ir, pai.

Carpe Diem!

(0409012)

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

.vai.menino.


Vai menino 
caminhando, 
e nem olhes aqui pra trás.
Não perde
teu tempo comigo,
já, já serás um rapaz.

Deixe-me aqui
onde é meu lugar.
Não tenho mais
como te importunar.

O caminho
te reserva
muitos desafios.
Alguns mais cálidos
outros 
mais sombrios.

Não voltes teu olhar
para as pegadas
que somem.
Olha pra frente,
já,já serás
um crescido homem.

Então, vai.

Vai menino
caminhando,
deixa-me aqui
sozinha.
Segue em frente,
o caminho é excelente.
E eu não passo
de pedrinha.



sábado, 16 de fevereiro de 2013

"...ainDa..."

Às vezes, você precisa apenas seguir caminhando.
Não deve parar pra pensar se vai chover ou se a noite está chegando ou o quanto seus pés doem. Não. Nada disso. Pois essas coisas poderiam te fazer parar por um tempo ou, pior, poderiam te fazer não prosseguir nunca mais.
As circunstâncias poderiam te imobilizar, o medo te faria recuar e sua dor poderia te fazer retroceder. Isso seria ainda mais cruel, depois de você já ter percorrido um longo caminho.
Às vezes, você deve fechar os olhos e sentir o vento no rosto enquanto caminha devagar. Você não precisa se desesperar, correr, se apressar.
Basta apenas não desistir de si mesmo.
Ainda que com lágrimas, dor, solidão, às vezes, você precisa apenas seguir caminhando.
E em frente.

Carpe Diem!